TELEBRASIL 2006: no encerramento, Iabrudi resume e dá a direção

O presidente da TELEBRASIL – Associação Brasileira de Telecomunicações encerrou os três dias de debates do 50º Painel, no Club Med, no Rio de Janeiro, sobre o tema das “As TeleComunicações para a Inclusão Social”, observando por diversos ângulos a questão. A inclusão social passa pela inclusão digital e Ronaldo Iabrudi dá conta do que já foi feito e do que falta fazer para atingir o objetivo.

Em suas palavras finais, durante o encerramento do TELEBRASIL 2006, o presidente da Associação, Ronaldo Iabrudi, lembrou que em evento anterior – 49º Painel, na Costa do Sauípe (BA), com o tema o Aperfeiçoamento do Modelo das Telecomunicações –, foi mostrado o trabalho encomendado pela TELEBRASIL e pelo SINDITELEBRASIL à Accenture/Guerreiro, que desvendou as perspectivas do setor para os próximos dez anos, com base num diagnóstico da realidade brasileira.

– De nada servirá tal trabalho se ele constituir algo que as lideranças políticas não venham a comprar – afirmou realisticamente o presidente da TELEBRASIL. Ele explicou ainda que o trabalho sobre o Aperfeiçoamento do Modelo das Telecomunicações já foi entregue, dentre outros, ao ministro das Comunicações, ao presidente da Comissão de C&T da Câmara dos Deputados e à Anatel.

– A TELEBRASIL tem procurado as principais lideranças políticas dos partidos que vão disputar a Presidência da República nas próximas eleições e mostrado a importância e a necessidade do Aperfeiçoamento do Modelo das Telecomunicações para o País.

Explicou igualmente o presidente da TELEBRASIL que o Aperfeiçoamento do Modelo das Telecomunicações até 2015 apresenta duas vertentes. Uma delas é a das Tele(Comunicações). A outra, a da Inclusão Social. A realidade de um país pode ser avaliada pelo seu índice demográfico e pelo seu índice de pobreza. A inclusão social se segue à inclusão digital. Esta serve para inserir as pessoas na grande estrada das telecomunicações e levá-las à inclusão social.

Ronaldo Iabrudi citou dados do Morgan Stanley, referentes ao uso das TICs (tecnologia da informação e comunicação) pelos grandes países emergentes. O Brasil, em 2004, detinha o 11º lugar no ranking e na previsão para 2010 subirá para 9ª posição. A China, que em 2004 estava em 2º lugar, passa em 2010 a ocupar a 1ª posição. A Índia, em 2004, detinha o 6º lugar e vai para 3º em 2010 e a Rússia chegará ao 7º lugar. Em conclusão, o Brasil é o que se movimenta mais lentamente nos BRIC – Brasil, Rússia, Índia, China – no tocante ao uso das TICs.

– Será preciso desenvolver um sentido de urgência na implantação das TICs no País – enfatizou o presidente da TELEBRASIL, lembrando também que o sistema bancário brasileiro é exemplar quanto à utilização das TICs, mas que os exemplos não podem ser tão restritos. “A infra-estrutura de telecomunicações mostra que, quando há determinação e consistência, elas evoluem de maneira positiva na utilização das TICs”.


Falando em nome da Diretoria da TELEBRASIL, afirmou Ronaldo Iabrudi que “estamos convencidos que a visão da inclusão digital deve ser colocada em prática junto às diversas instâncias do Governo (federal, estadual e municipal). Um dos caminhos para ajudar é ir aos Ministérios que compõem as quatro áreas – saúde, educação, segurança e previdência – que contribuem para a inclusão social do cidadão”, finalizou, em meio a aplausos, o presidente da Associação, agradecendo aos participantes, aos organizadores do Painel, à imprensa e, na pessoa de seu superintendente, à equipe da TELEBRASIL.  Com espírito de abertura que caracterizam os Painéis da TELEBRASIL, a platéia se manifestou lembrando ser preciso levar em conta as condições da política local e o diálogo quando se trata de interesses legítimos.

Empresas e governos são entidades complexas e nem sempre têm uma visão única das coisas. Justamente por isso é que negociações e mediações racionais são fonte de acordos duradouros e que ampliam novos horizontes. No mundo real, algumas coisas irão funcionar bem em alguns lugares e não tão bem em outros.

O Painel TELEBRASIL 2006 contou com apoio oficial do Ministério das Comunicações, da Anatel e do Núcleo de Assuntos Estratégicos da Presidência da República. Patrocinaram o evento: Siemens, CTBC, Grupo Telemar, Huawei, Estação Engenharia, Motorola, Cisco Systems, Converse e DMR Consulting.

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